sábado, 28 de outubro de 2017

Produzir sem grana

Como é difícil tentar produzir arte.
Nós artistas da cena somos verdadeiros guerreiros, pois lutamos e muitas vezes trabalhamos duro em outras áreas profissionais para bancar nosso fazer teatral.
É muito triste essa situação, pois o produto dos nossos processos são libertação para a alma quem se posiciona nos dois lados do palco, por que nós atores permitimos que as personagens ganhem vida e possam existir para contar suas histórias e o público se embebeda da arte que vê e reflete as problemáticas da peça e isso reverbera em sua própria vida.
O teatro é necessário para a humanidade e é revoltante viver neste momento da história no qual não se prioriza o que é fundamental para o desenvolvimento humano.

sábado, 21 de outubro de 2017

Processo é estar atento sempre

Teatro é uma arte coletiva, que precisa de doação e generosidade de todos que estão no processo, isso inclui também o diretor/encenador.
Os atores são fundamentais nesse processo de criação teatral, mas ele precisa ser respeitado em todos os momentos de sua construção.
Cabe ao diretor/encenador a função de orquestrar tudo o que os atores produzem para compor da melhor forma possível as cenas, e também cabe à ele o auxílio dos atores que apresentem dificuldades na construção da sua personagem.
Orientar, instigar e conduzir os atores é papel do diretor/encenador, e ele deve sempre agir com cuidado para que o processo de cada ator seja individual e ao mesmo tempo coletivo.
Não se pode negligenciar nenhuma cena, por menor que seja, pois ela junto do todo é que faz o sucesso do espetáculo.
A posição de diretor/encenador não é fácil, pois se ele se descuida minimamente de algum ator, ou de alguma cena, prejudica-se a harmonia do elenco e o sucesso do espetáculo.

sábado, 14 de outubro de 2017

A Vocação de Educar

Sou professora artista e este fato me leva a passear dentro dessas duas áreas que para mim caminham juntas, pois eu acredito que a arte é fundamental no processo educacional.
Hoje pretendo fazer uma breve reflexão sobre a história do ensino no Brasil e como ponto de partida, inicio falando que houve uma evolução na forma de ver o professor dentro do ensino, porém ainda temos formas antigas de atuação dentro do mercado.
Temos dentro da história três marcos que são as idades da Vocação, Oficio e Profissionalização.
Um post para falar das três idades da história do ensino tornaria a leitura cansativa. Então neste constará apenas a primeira delas. 
A idade da Vocação tem sua predominância nos séculos XVI ao XVIII, e nela temos a figura das professoras que doam sua força de trabalho e a escola tinha como principal intuito a educação religiosa e as professoras novas aprendiam a forma de ensinar com as professoras mais velhas e a "carreira" termina quando a jovem se casava, pois seu compromisso passaria ser educar sues filhos.
Quando se fala em vocação, falamos em doação de vida como ato de fé e de resposta ao chamado de Deus.
Segundo Tardif (2013) foi nesta fase da história e se estabeleceu a hierarquia de  dominação dos homens sobre as mulheres, dos religiosos sobre os leigos, dos professores do secundário (os colégios) sobre os professores do primário (as pequenas escolas), dos professores das cidades sobre os professores rurais, entre outras.
Infelizmente séculos depois ainda vivemos esta realidade, pois trabalhar sem recursos e sem salário adequado é reflexo de ainda olhar o ato de educacional como somente "vocação" dos professores.

TARDIF, Maurice. A Profissionalização do Ensino passados trinta anos: Dois passos para frente, três para trás, 2013.

sábado, 7 de outubro de 2017

Partilhar

Durante o mês de agosto eu vivi uma experiência incrível aos sábados, por meio de um workshop sobre Teatro Musical.
Sei que não é primeira vez que falo neste assunto, mas é que esta forma de produção tem me despertado muita curiosidade nos últimos tempos, e fazer este workshop foi muito prazeroso e de descobertas sobre eu mesma.
Confesso que considero meus conhecimentos na área de música quase inexistente e quando vi na divulgação que teriam dois professores de música, sendo um de canto lírico e outro de canto popular, não resiste e me inscrevi.
Fazer este mini curso foi a escolha certa, pois dos professores nos ensinaram, de forma prática, técnicas que usarei na vida toda.
Destaco a parte da música pelo fato de ser onde sou mais carente em formação, mas a dança e teatro também foram muito satisfatória e já estou vivendo a expectativa do II Módulo para aprender mais e para poder partilhar esses conhecimentos, com meus alunos e com os integrantes do grupo de teatro que pertenço.
O nosso resultado foi nomeado como "Beco das Garrafas" em alusão a uma rua sem saída na cidade do Rio de Janeiro-BR, na qual abrigava muitas casas noturnas, que era frequentada pelos artistas da Bossa Nova nos nas décadas de 50 e 60.