Sou professora artista e este fato me leva a passear dentro dessas duas áreas que para mim caminham juntas, pois eu acredito que a arte é fundamental no processo educacional.
Hoje pretendo fazer uma breve reflexão sobre a história do ensino no Brasil e como ponto de partida, inicio falando que houve uma evolução na forma de ver o professor dentro do ensino, porém ainda temos formas antigas de atuação dentro do mercado.
Temos dentro da história três marcos que são as idades da Vocação, Oficio e Profissionalização.
Um post para falar das três idades da história do ensino tornaria a leitura cansativa. Então neste constará apenas a primeira delas.
A idade da Vocação tem sua predominância nos séculos XVI ao XVIII, e nela temos a figura das professoras que doam sua força de trabalho e a escola tinha como principal intuito a educação religiosa e as professoras novas aprendiam a forma de ensinar com as professoras mais velhas e a "carreira" termina quando a jovem se casava, pois seu compromisso passaria ser educar sues filhos.
Quando se fala em vocação, falamos em doação de vida como ato de fé e de resposta ao chamado de Deus.
Segundo Tardif (2013) foi nesta fase da história e se estabeleceu a hierarquia de dominação dos homens sobre as mulheres, dos religiosos sobre os leigos, dos professores do secundário (os colégios) sobre os professores do primário (as pequenas escolas), dos professores das cidades sobre os professores rurais, entre outras.
Infelizmente séculos depois ainda vivemos esta realidade, pois trabalhar sem recursos e sem salário adequado é reflexo de ainda olhar o ato de educacional como somente "vocação" dos professores.
TARDIF, Maurice. A Profissionalização do Ensino passados trinta anos: Dois passos para frente, três para trás, 2013.
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