O calendário escolar tem tantas datas que na grande maioria das vezes acaba por sufocar a gente.
Mal apresentamos o dia da Consciência Negra e já estamos na porta do Natal, e com apenas uma aula por semana de poucos minutos, estamos sempre em uma corrida contra o tempo para produzir cenas públicas.
Eu sempre fui contra essa sangria desatada de produzir inúmeras cenas durante o ano.
Sempre lutei pela consonantização dos gestores das escolas, de que o teatro é processo e não resultado. De que as experimentações dentro de sala é o que realmente muda na vida dos alunos e não a sequência de decorar e ensaios textos prontos para apresentar ao público.
Criar o texto junto, encontrar o que representa a turma, comunicar o que está preocupando, incomodando, emocionando... Isso é fazer teatro, isso é formar cidadãos.
O que dizer sobre resultados? Eles são necessários pois é uma forma de avaliação, mas a forma como é tratado é sufocante, resultado por resultado transforma ou apenas conclui? É preciso abrir a mente para compreender que nem tudo são números.
ResponderEliminarIsso é verdade Wanessa.
EliminarPrecisamos ter cuidado com a forma que o resultado é encarado.