segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Teatro e Carnaval

Imagem retirada do google imagens


Quando olhamos para a história do teatro, podemos perceber que ela conta a história mundial com facilidade, pelo fato do teatro contar sobre a vida, logo ele retrata a história pertencente a um povo e registra como eram as características sociais de uma determinada época.

Quando o tema é TEATRO e CARNAVAL, é muito interessante perceber que a festa "mundana" que a igreja católica de certa forma condena, na verdade está mais ligada ao catolicismo do que se possa imaginar. Isso se dá ao fato do carnaval ser o último momento de desfrutar da comida, bebida e desejos sexuais, antes da quaresma que é um tempo de jejum e abstinência.

Entretanto não é sobre a relação do cristianismo e o carnaval que este texto será embriagado e sim de teatro.

Na antiguidade grega, temos o marco que consolida o teatro na história da humanidade, e esse inicio se dá a partir de um culto religioso chamado Dionisíacas, que se tratava de um rito oferecido ao deus Dioniso, o deus do vinho.

O rito denominado de bacanal que era dedicado a Dioniso, era regado de vinho, luxuria, alegria, frenesi e festa. Logo esses princípios são semelhantes ao que o carnaval permite aos foliões.

Ao longo da história podemos observar outros pontos que o carnaval busca no teatro elementos para sua composição, como por exemplo o uso de máscaras e as personagens como Pierrô e Colombina, que pertencem a comédia dell'arte.


Quem quiser se dedicar um pouco mais sobre o assunto, pode dar uma olhada nesses e em outros links.

Uma fonte para aprofundar

Outra fonte para aprofundamento

Um artigo muito interessante sobre Comédia Dell'Arte

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Uma breve reflexão sobre o texto "Aquele que diz sim, Aquele que diz não" de Brecht

 Por Patricia Grigoletto

A peça “Aquele que diz sim, Aquele que diz não” de Brecht, é uma união de duas histórias com dois finais diferentes.
Este texto foi proposto por mim para a turma 2021.2 do curso Técnico em Teatro da Escola das Artes São Lucas, escola na qual trabalho.
Para esta empreitada, partimos de leitura e análise da peça. Em seguida a compreensão das personagens e ai a experimentação cênica para a construção do espetáculo.
Quero partilhar aqui uma breve análise deste texto que foi enriquecedor para todos os envolvidos no processo.
O texto de Brecht, “Aquele Que Diz Sim, Aquele Que Diz Não” conta a história de uma cidade que foi assolada por uma epidemia muito perigosa (Qualquer semelhança com a pandemia da covid-19 não é mera coincidência, pois queria falar sobre isso com a turma também).
A personagem denominada por menino está com sua mãe muito doente e depois de receber a visita do professor, decide acompanhar um grupo numa expedição às montanhas em busca de remédios e instruções que podem curar a doença da sua mãe. Porém no percurso da viagem o menino acaba adoecendo, e neste momento somos levados a nos questionar sobre a decisão a ser tomada.
Na parte do texto que corresponde “Aquele que diz sim”, o grupo julga a doença do menino a partir do “costume” que diz que o quem não consegue continuar a viagem deve ser deixado para trás, para não atrapalhar o objetivo da missão. E assim o menino é jogado no penhasco seguindo o antigo costume e depois dessa ação a peça se conecta ao começo de tudo e somos convidados a experiênciar outro final.
Na versão de “Aquele Que Diz Não”, no exato momento em que o menino é indagado sobre estar de acordo com o antigo costume, diferentemente da primeira parte, ele agora diz não. Ele não esta de acordo em morrer e exige que retornem para a cidade e o levem de volta para a sua mãe.
Argumentos são colocados neste momento da peça que leva o espectador a refletir sobre tudo o que viu, desde a primeira parte quando nada muda e o menino é brutalmente assassinado por seus companheiros em nome de um antigo costume e agora neste momento no qual o menino exige que um novo costume se crie, o de analisar caso por caso, e tomar a decisão a partir do que se pode julgar naquele momento, por aquelas pessoas que estão envolvidas na situação, pois precisamos rever nossas práticas diariamente e não nos deixarmos acreditar que existe uma verdade absoluta na qual estamos fadados a nos submeter.