domingo, 31 de dezembro de 2017

Retrospectiva


Quando os últimos dias do ano chegam, a mídia nos mostra uma retrospectiva do ano vigente e nos convida a também retrospectivar a nossa própria vida.
Bom eu acredito que o final de ano é um momento relevante para olhar para si mesmo e o trajeto percorrido, porém esse exercício deve ser diário, para que nos tornemos pessoas melhores a cada dia.
Analisar um ano é importante, mas sem esquecer que o ano é composto por dias e que cada um dos dias que compõe este todo merece ser retrospectivado e merece ser planejado antes de ser vivido.
Espero que todos os dias desse novo ciclo que marcamos como 2018 sejam de realizações, de conquistas e de novos sonhos.

sábado, 23 de dezembro de 2017

Desvalorização camuflada

Acho muito incrível como a desvalorização pode se manifestar disfarçada de boa intenção na nossa vida de fazedor de teatro.
O Natal é uma data comemorativa independente de credo religioso, e justamente por ser uma comemoração social é que todas as instituições reservam esta data para confraternizar o espírito de partilha entre as pessoas.
Bom até aqui nada de errado, o problema é que quando o trabalho começa de fato você se percebe sozinho, e todo aquele discurso lindo de integração de todas as áreas de conhecimento para que haja o envolvimento de todos os professores nesta empreitada não acontece.
Ninguém liga, ninguém assume funções, ninguém nem divulga o evento.
Ai você se desdobra para conseguir gerar um resultado que possa ser apresentado à público e se der tudo certo, a escola produziu bem, mas se tiver complicações, você não conseguiu fazer algo que prestasse dentro do tempo estipulado.
Isso é extremamente injusto.
E quando surge alguém que se compromete e assume junto com você esta missão e somente ele leva os méritos do processo.
É injustiça dobrada, pois você tem que engolir calado pois não fizeste nada além de sua obrigação e tentar deixar o coração leve para continuar desenvolvendo seu trabalho.

sábado, 16 de dezembro de 2017

Já é Natal e agora?

Descrição:

Uma estratégia interessante para montar uma apresentação cênica de Natal, é perceber como os alunos se identificam com esta data.
Para isso é muito simples, basta fazer perguntas a respeito desta data e ver o que eles sabem.
Depois de ter as respostas e perceber se a turma tem um olhar mais comercial ou mais espiritual a respeito do Natal, construir micro cenas experimentando as situações que eles mesmos mencionaram.
Juntos, professor e alunos vão selecionar as cenas que vão compor a sequência do resultado.
Fazendo desta forma a apresentação será única e muito mais fácil de ensaiar, pois as falas são do quotidiano deles de situações já vividas por eles.
Trabalhar o espírito do Natal está acima de religião, pois o espírito natalino é plantar uma semente de bondade no coração e sem dúvida precisamos exercitar a bondade sempre.

sábado, 9 de dezembro de 2017

Cena, cena, cena

O calendário escolar tem tantas datas que na grande maioria das vezes acaba por sufocar a gente.
Mal apresentamos o dia da Consciência Negra e já estamos na porta do Natal, e com apenas uma aula por semana de poucos minutos, estamos sempre em uma corrida contra o tempo para produzir cenas públicas.
Eu sempre fui contra essa sangria desatada de produzir inúmeras cenas durante o ano.
Sempre lutei pela consonantização dos gestores das escolas, de que o teatro é processo e não resultado. De que as experimentações dentro de sala é o que realmente muda na vida dos alunos e não a sequência de decorar e ensaios textos prontos para apresentar ao público.
Criar o texto junto, encontrar o que representa a turma, comunicar o que está preocupando, incomodando, emocionando... Isso é fazer teatro, isso é formar cidadãos.

domingo, 3 de dezembro de 2017

Só tenho a agradecer

Depois de um processo cheio de de perdas de pessoas queridas, finalmente nasceu o Vestido de Noiva e olhando hoje percebo que tudo o que aconteceu ao longo deste ano foi necessário para estar pronta como estava durante a temporada.
Um desafio enorme montar, Nelson Rodrigues, esse dramaturgo brilhante que tinha um jeito todo particular de falar do ser humano e de seus sentimentos.
Paixão, desejo, pudor, moral... São só algumas das facetas que este espetáculo mostra e para mim ter dirigido esta empreitada foi um grande presente.
Amadureci sem dúvida, ou melhor, amadurecemos. O espetáculo só foi possível por que o elenco todo comprou a ideia e mergulhou sem reservas neste projeto.
Meu coração esta repleto de alegria por este feito.
Obrigada. Gratidão eterna aos meus amigos:
Cristal Pereira
Igor Moura
Lee Vasconcelos
Rafitah
Rick Brandão
Rita Ribeiro
Sem vocês esse sonho não seria realidade.
Ps. Não poderia faltar aqui os agradecimentos a minha irmã, que é minha parceira Wanessa e ao Brendo, que foi nosso coreógrafo e ao Mateus que abrilhantou ainda mais nosso espetáculo com o som do violoncelo.



sábado, 4 de novembro de 2017

A importância da Dicção

O público precisa compreender todas as letras que compõe cada palavra do texto do ator que esta em cena, interpretando sua personagem no palco.
Para que isso ocorra o ator prática diversos exercícios que o auxiliam para melhor sua dicção, e hoje trago um exemplo de um desses exercícios usando a letra "B" como base do texto para ser trabalhada.
O texto deve ser lido calmamente e é preciso estar atento para dizer corretamente tudo o que se lê. Num segundo momento, depois de já ter alguma segurança, deve-se tentar dar entoação e o ritmo que parecerem mais adequados para falar o texto.

sábado, 28 de outubro de 2017

Produzir sem grana

Como é difícil tentar produzir arte.
Nós artistas da cena somos verdadeiros guerreiros, pois lutamos e muitas vezes trabalhamos duro em outras áreas profissionais para bancar nosso fazer teatral.
É muito triste essa situação, pois o produto dos nossos processos são libertação para a alma quem se posiciona nos dois lados do palco, por que nós atores permitimos que as personagens ganhem vida e possam existir para contar suas histórias e o público se embebeda da arte que vê e reflete as problemáticas da peça e isso reverbera em sua própria vida.
O teatro é necessário para a humanidade e é revoltante viver neste momento da história no qual não se prioriza o que é fundamental para o desenvolvimento humano.

sábado, 21 de outubro de 2017

Processo é estar atento sempre

Teatro é uma arte coletiva, que precisa de doação e generosidade de todos que estão no processo, isso inclui também o diretor/encenador.
Os atores são fundamentais nesse processo de criação teatral, mas ele precisa ser respeitado em todos os momentos de sua construção.
Cabe ao diretor/encenador a função de orquestrar tudo o que os atores produzem para compor da melhor forma possível as cenas, e também cabe à ele o auxílio dos atores que apresentem dificuldades na construção da sua personagem.
Orientar, instigar e conduzir os atores é papel do diretor/encenador, e ele deve sempre agir com cuidado para que o processo de cada ator seja individual e ao mesmo tempo coletivo.
Não se pode negligenciar nenhuma cena, por menor que seja, pois ela junto do todo é que faz o sucesso do espetáculo.
A posição de diretor/encenador não é fácil, pois se ele se descuida minimamente de algum ator, ou de alguma cena, prejudica-se a harmonia do elenco e o sucesso do espetáculo.

sábado, 14 de outubro de 2017

A Vocação de Educar

Sou professora artista e este fato me leva a passear dentro dessas duas áreas que para mim caminham juntas, pois eu acredito que a arte é fundamental no processo educacional.
Hoje pretendo fazer uma breve reflexão sobre a história do ensino no Brasil e como ponto de partida, inicio falando que houve uma evolução na forma de ver o professor dentro do ensino, porém ainda temos formas antigas de atuação dentro do mercado.
Temos dentro da história três marcos que são as idades da Vocação, Oficio e Profissionalização.
Um post para falar das três idades da história do ensino tornaria a leitura cansativa. Então neste constará apenas a primeira delas. 
A idade da Vocação tem sua predominância nos séculos XVI ao XVIII, e nela temos a figura das professoras que doam sua força de trabalho e a escola tinha como principal intuito a educação religiosa e as professoras novas aprendiam a forma de ensinar com as professoras mais velhas e a "carreira" termina quando a jovem se casava, pois seu compromisso passaria ser educar sues filhos.
Quando se fala em vocação, falamos em doação de vida como ato de fé e de resposta ao chamado de Deus.
Segundo Tardif (2013) foi nesta fase da história e se estabeleceu a hierarquia de  dominação dos homens sobre as mulheres, dos religiosos sobre os leigos, dos professores do secundário (os colégios) sobre os professores do primário (as pequenas escolas), dos professores das cidades sobre os professores rurais, entre outras.
Infelizmente séculos depois ainda vivemos esta realidade, pois trabalhar sem recursos e sem salário adequado é reflexo de ainda olhar o ato de educacional como somente "vocação" dos professores.

TARDIF, Maurice. A Profissionalização do Ensino passados trinta anos: Dois passos para frente, três para trás, 2013.

sábado, 7 de outubro de 2017

Partilhar

Durante o mês de agosto eu vivi uma experiência incrível aos sábados, por meio de um workshop sobre Teatro Musical.
Sei que não é primeira vez que falo neste assunto, mas é que esta forma de produção tem me despertado muita curiosidade nos últimos tempos, e fazer este workshop foi muito prazeroso e de descobertas sobre eu mesma.
Confesso que considero meus conhecimentos na área de música quase inexistente e quando vi na divulgação que teriam dois professores de música, sendo um de canto lírico e outro de canto popular, não resiste e me inscrevi.
Fazer este mini curso foi a escolha certa, pois dos professores nos ensinaram, de forma prática, técnicas que usarei na vida toda.
Destaco a parte da música pelo fato de ser onde sou mais carente em formação, mas a dança e teatro também foram muito satisfatória e já estou vivendo a expectativa do II Módulo para aprender mais e para poder partilhar esses conhecimentos, com meus alunos e com os integrantes do grupo de teatro que pertenço.
O nosso resultado foi nomeado como "Beco das Garrafas" em alusão a uma rua sem saída na cidade do Rio de Janeiro-BR, na qual abrigava muitas casas noturnas, que era frequentada pelos artistas da Bossa Nova nos nas décadas de 50 e 60.

sábado, 30 de setembro de 2017

Professor x Aluno: Como se relacionar?

Existe muitos estudos sobre a relação professor e aluno dentro da área da educação, mas aqui não vou fazer uma análise sobre esses estudos, e sim falar um pouco sobre a minha relação com meus alunos e como vejo a relação de alguns colegas meus com seus alunos.
Sou professora de teatro, uma arte que trabalha o corpo e a expressividade, o pensamento crítico do mundo e a coletividade.
Não vejo como trabalhar teatro sem estar junto no processo. Não dá para ficar atrás da mesa e somente passar os comandos do jogo. Temos de jogar junto, de estar próximo dos alunos, de nos envolver no processo como esta arte exige de seus fazedores.
Acabo me tornando amiga de meus alunos, não importando sua idade, nós vamos construindo experiência teatral juntamente com a nossa amizade e temos espaço para falar os assuntos mais diversos, desde uma reportagem no jornal até uma chateação vivida em casa.
Particularmente eu acredito neste caminho, mas tem alguns colegas que preferem ficar somente observando os alunos, mas noto os lamentos de não os conhecerem e muitas vezes não perceber quando os alunos precisam de ajuda.
Eu acredito no processo de aprendizagem baseado na construção coletiva do conhecimento e da troca de experiências. Este caminho pode não ser o mais correto, mas é o que eu escolhi para percorrer e não me arrependo do que tenho encontrado em minha trajetória por ter feito esta escolha.

sábado, 23 de setembro de 2017

Teatro é sinonimo de amor

Faço parte de um grupo de teatro que tenho muito orgulho de pertencer. 
O nome dele é Maiêutica, que significa "dar à luz", "parir" o conhecimento. 
Para Sócrates, Maiêutica consiste na multiplicação de perguntas, induzindo o interlocutor na descoberta de suas próprias verdades e na conceituação geral de um objeto. 
Para nós do grupo, significa ser arte, fazer teatro e nos representar por meio da cena. 
Nos reunimos por sermos amantes incuráveis da arte teatral e desta paixão pela arte nos tornamos amigos e hoje já não sei mais viver sem o Maiêutica e sinto que este sentimento é recíproco e por isso estamos unidos. 
Para fazer teatro tem que ter muito amor envolvido, por que é difícil fazer arte nesta cidade (Belém-PA) e cada vez mais difícil produzir arte em um país que não acredita e incentiva a cultura.

sábado, 16 de setembro de 2017

O que é Pantomima?

Referencia da imagem: Google imagens

Pantomima é o nome dado a uma representação através de gestos, mímica e atitudes, sem o uso de palavras. 
Tem origem no grego e significa “que tudo imita”. Logo a pantomima é a arte cênica que utiliza a mímica como forma de expressão artística. 
Charles Chaplin (1889-1977)  é um dos exemplos de artista que teceu sua carreira dentro desta técnica.

No link tem mais informações sobre a arte do mimo.

sábado, 9 de setembro de 2017

Interação

Referencia da imagem: Google imagens

Descrição:

Em um espaço público espalhar diversos adereços de cena, figurinos e delimitar uma área para palco, bem como instrumentos de percussão.
O facilitador que levará seus alunos para este espaço, fará cenas de improviso, preferencialmente usando pantomima.
É permitida a entrada de qualquer pessoa que demonstre interesse em mergulhar neste jogo de Faz-de-conta.


Obs. Este jogo serve para despertar interesse de novos alunos e para mostrar ao público o que se vem praticando durante as aulas com a turma.
O espaço público pode ser a própria área da escola, ou um espaço da comunidade.

sábado, 2 de setembro de 2017

Contraditório

Sou professora artista e esta postagem é mais uma pequena reflexão sobre uma questão que me assombra a anos.
Por que quando estamos produzindo arte não conseguimos consumir arte?
Esta pergunta me incomoda, e não é de hoje que percebo que nós artistas reclamamos de nossos amigos não estarem presentes em nossas plateias durante a nossa temporada, mas o questionamento segue junto com o fato de nós mesmos não nos empenharmos em nos fazer presente para prestigiar as produções de nossos amigos também.
O problema de formação de plateia é um fato que vivemos, mas o que estamos fazendo para mudar isso, se nós mesmos não somos público uns dos outros?
A contradição mora no fato de se cobrar dos outros algo que não se faz. Mas entendo que é difícil ver tudo o que se produz na cidade, entretanto eu percebo que na maioria das vezes não se tem intenção de ver, mas critica-se o processo dos outros sem nem mesmo conhecer.

sábado, 26 de agosto de 2017

Não vejo razões para isso

Este post é um novo desabafo sobre uma situação real que vivi recentemente.
Bom, eu já passei por isso muitas vezes e acho que é por esse motivo que me chateio de mais por ainda ter que passar por isso.
É muito chato ser convidada para participar de um espetáculo e ser interrogada sobre seus trabalhos anteriores.
Não estou dizendo que não faz parte falar sobre o nosso percurso de experiências, mas é terrível se perceber questionada sobre sua competência.
Eu não sou o tipo de pessoa que fico escarrando meu currículo por ai, por que realmente acho que isso um inflar de ego, pois parece uma disputa de quem é melhor.

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

O que é Dramaturgia Pessoal do Ator?

Trata-se de uma escrita cênica construída por cada um dos atores em processo de criação.
Surge a partir de induções que muitas vezes é somente conhecida pelo próprio ator-criador.
Tecer um trabalho de construção por meio da Dramaturgia Pessoal do Ator, torna-se um processo de descoberta e experimentação constante, que resulta em uma representação verdadeira e repleta de significados para todos os envolvidos na construção do espetáculo.
A busca da verdade cênica é objeto de outros nomes importantes na história do teatro como Stanislavski
A verdade que a Dramaturgia Pessoal do Ator propõe é algo visceral que surge por meio da entrega dos atores para a construção de suas personagens.


Fonte de pesquisa:  https://issuu.com/livrosdeteatro/docs/dramaturgia_pessoal_do_ator

sábado, 19 de agosto de 2017

Dificuldades para apresentar teatro

Um profissional da cena já se depara com tantas dificuldades durante o processo de montagem de seu espetáculo que afirmo com toda convicção que sim somos loucos, pois é uma verdadeira batalha durante meses para em fim ter um espetáculo pronto para ser apresentado ao público, mas os obstáculos não acabam nunca.
Depois que tudo estar pronto nos deparamos com a falta de espaço para tornar o espetáculo público.
Com a falta de incentivo cultural as pautas nos teatros ficam cada vez mais caras para os bolsos dos guerreiros da cena. Então travamos outra batalha para encontrar um local alternativo que possa abrigar a nossa ideia e permitir que os nossos meses de dedicação torne-se real frente as pessoas que vislumbram o resultado da nossa produção.
A loucura mora no fato de mesmo com tantas barreiras a serem superadas nós, profissionais da cena, continuamos produzindo e não permitindo que se abafe nossa voz nos palcos.

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Sentimentos

Descrição:

O professor deve delimitar áreas nas quais se trabalhará cada sentimento escolhido. Por exemplo demarcar o chão com pedaços de cordas.
Em seguida juntamente coma turma, será definido quais sentimentos vão ser trabalhados e a ordem quem será colocado. Um dentro de cada área definida anteriormente.
Os alunos devem passar por cada uma dessas áreas e expressar com o seu corpo o sentimento correspondente a ela.

Obs. Este jogo é muito bom para trabalhar a expressividade corporal dos alunos, podendo ser aplicado com as mais variadas idades.

sábado, 12 de agosto de 2017

Da TV para a Sala de Aula

Eu sou defensora do uso das situações da atualidade em sala de aula, e para se trabalhar com crianças e principalmente adolescentes, temos que conhecer o universo que os cerca. Logo devemos nos permitir a conhecer seus gostos musicais e seus programas preferidos.
Na nova edição da novela Malhação está sendo abordado questões de direitos a educação que são básicos, mas que não é usufruído por todos os personagens da novela, pois a desigualdade entre uma escola privada e uma pública são gritantes.
Ambos alunos estão lutando por melhorias em suas escolas, e pegando esta situação coloco a discussão em sala para os meus alunos que fazem parte da rede pública de ensino.
Com duas perguntinhas simples fazemos uma reflexão sobre a nossa realidade.
- O que a nossa escola precisa para ser melhor?
- O que eles poderiam fazer para melhorar a escola?

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Teatro Musical ou Comédia Musical?

Referencia da imagem: Google imagens

Buscando conhecer um pouco mais sobre o espetáculo que trabalha a dança, a música e a interpretação teatral juntos, me deparei com a questão que se tornou tema desta postagem.
Teatro Musical ou Comédia Musical?
A resposta que encontrei para esta pergunta pode não ser a mais correta, mas é a definição que consegui até o momento para diferenciar os dois termos.
Tendo em vista a evolução da arte de se apresentar espetáculos multifacetados, conseguimos diferenciar teatro musical de comédia musical, pois existe um pano de fundo diferente para cada tipo de montagem.
Temos o Teatro Musical desenvolvendo situações dramáticas verdadeiras, baseando-se tanto na história como na literatura, e em contra partida temos a comédia musical na qual apresenta como objetivo exclusivamente entreter o público.

sábado, 5 de agosto de 2017

Teatro ou Trabalho?

Referencia da imagem: Google imagens

Eu fico com o coração partido e revoltada por ser colocada frente a esta pergunta, como se fazer teatro não fosse um trabalho.
É muito triste um profissional das artes ter que escolher entre a sua arte e qualquer outra forma de emprego, pois ficar frente a uma mesa de escritório na qual se exerce uma sequência de ações fixas todos os dias, é uma ideia que aprisiona a mente criadora de um artista.
Ser obrigado a escolher ente dois mundos tão diferentes é algo desumano, que me causa grande tristeza.
Meu coração chora toda vez que vejo um ator tendo que largar sua arte para conseguir se manter financeiramente.
Até quando vamos viver em uma sociedade que não dá retorno financeiro para seus artistas?
Até quando vamos ver a jornada dupla de trabalho dos fazedores de teatro, que durante o dia estão nos escritórios e lojas e de noite ou até mesmo madrugada a dentro ensaiando para produzir espetáculos que não serão valorizados?
Até quando ouviremos pedidos de cortesia, pois do contrário não somos mais amigos?
Até quando teremos que ser teimosia e resistência para continuar existindo???

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Fantoche de papel

Esta atividade vira uma festa em sala de aula, claro que a professora tem que estar atenta para que os alunos criem seus fantoches sem problemas.

MATERIAL NECESSÁRIO: 
            Papel madeira;
            Papel crepom;
            Tesoura;
            Cola branca;
            Cola com gliter;
            Lápis de cor, canetinhas e giz de cera;
            Lã de varias cores.

Descrição:

Cada criança deve receber um pedaço de papel madeira nas seguintes dimensões 50 cm por 25 cm, que deverá ser dobrado e colado com cola branca para dar o formato da cabeça do fantoche.
Cada criança deve fazer o seu próprio fantoche, para estimular a criatividade e o desenvolvimento de coordenação delas. A professora demonstra como deve ser feito cada passo da montagem e observa o desempenho das crianças para que possa dar uma maior ajuda em casos de dificuldades que podem surgir a todo o momento.

O papel será dobrado em três partes e colar as duas pontas.


Dobradura 1
FONTE: Acervo pessoal

Dobre para fechar o fundo do saco, que se tornará a cabeça do fantoche assim e cole bem para que não solte quando a criança colocar a mão para brincar.


Dobradura passo-a-passo
FONTE: Acervo pessoal


Com todas as dobraduras feitas e bem coladas começa o momento de pura imaginação, em que cada criança vai desenhar o rosto do fantoche, ou não só o rosto, mas o corpo todo se quiser, então é distribuído lápis de cor, giz de cera, papel crepom e lã para que eles possam usar o que quiserem para montar seu fantoche, como por exemplo, fazer o cabelo de lã vermelha com um laço de papel crepom azul.

sábado, 29 de julho de 2017

Trabalho é trabalho

Referencia da imagem: Google imagens


Nós profissionais da cena, em Belém, vivemos sempre a incerteza de conseguir ter renda por meio de nosso trabalho todos os meses, logo o título desta postagem é algo que repetimos inúmeras vezes, pois nem sempre conseguimos o papel que queríamos, mas todo trabalho é trabalho e gera cachê.
As vezes somos arrebatados por personagens que faríamos ele mesmo sem cachê, pois ele nos preenche de tal maneira que não tem como não dar vida a ele, mas as vezes esse amor a primeira vista não acontece e muitas vezes nem na segunda, nem na terceira... mas o fazemos com dedicação e empenho, por que mesmo sem arrebatamento esses trabalhos também geram cachê.
Ser profissional da cena é dar o melhor de si para que a personagem se construa,  ganhe brilho e vida por meio de nosso ser durante o espetáculo.

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Dança como eu danço

Referencia da imagem: Google imagens

Descrição:

Para este jogo deve-se dividir a turma em duas equipes.
Colocadas uma equipe frente a outra, cada aluno terá a sua frente alguém.
O facilitador escolhe uma equipe para começar dançar da sua forma e a outra equipe deverá imitar os seus passos de dança. Depois troca-se a equipe que fará a mesma coisa. Ambas as equipes terão por volta de um minuto para fazer sua dança.

Obs. Este jogo trabalha a desinibição dos alunos.

sábado, 22 de julho de 2017

Teatro e Escola (Parte II)


FONTE: Acervo Pessoal

Nesta segunda postagem a respeito de se oferecer aulas de teatro nas escolas, quero falar um pouco sobre a minha opinião com relação à resistência de colocar o teatro como disciplina dentro da educação.
Eu percebo que esta resistência é causada por medo das transformações que pode acontecer na vida dos alunos, tornando-os cidadãos críticos de sua realidade.
O teatro nos permite observar e discutir a vida em sua totalidade e eu acredito que isso assuste o poder público de certa forma, pois se gerarmos uma geração de seres pensantes e conhecedores de seus direitos, muitos deles nunca mais assumiriam cargos públicos.
Eu sou formada nesta belíssima arte e claro que vou defendê-la como caminho para se alcançar uma educação libertadora, mas tenho ciência de que o teatro não é o único caminho, mas sei por que vivo o teatro, de que ele é uma ponte para ampliar o olhar de mundo do indivíduo.
Os jogos teatrais nos colocam no centro da ação e ali temos de nos posicionar e agir. Acredito que seja isso que falta na sociedade hoje, o agir, o propor soluções, sem medo de repressão.
No teatro não existe o certo ou errado, o que existe é inúmeras possibilidades de solução para as situações/problemas que são propostas, e nele sempre temos espaço para o debate de opiniões e liberdade de expressão.
Por isso o teatro é tão maravilhoso e por isso mesmo eu acredito que seja perigoso, pois nos permite ser livres.

quarta-feira, 19 de julho de 2017

O Professor precisa saber

Hoje trago apenas esta citação para refletir sobre o papel do professor dentro do processo de ensino e aprendizagem.


O professor precisa compreender que não é ele quem “deposita” o conhecimento na cabeça do educando. Saber também que não é deixando o educando sozinho que o conhecimento “brotará” de forma espontânea. Quem constrói o conhecimento é o sujeito, mas a partir da relação social, mediada pela realidade.
                                                   (Avaliação da aprendizagem, 2012, p.64)

sábado, 15 de julho de 2017

Teatro e Escola (Parte I)

FONTE: Acervo Pessoal

Nesta primeira parte quero discutir um pouco sobre ESPAÇO.
Eu sei que vivemos esta triste realidade em nossas escolas, que é a falta de espaço físico dentro das instalações do prédio e a superlotação das salas de aula, mas existem projetos, como é o caso do Mais Educação, que podem estar inserindo a linguagem teatral como modalidade de ensino dentro do ambiente escolar.
Outra estratégia de grande autonomia é a equipe gestora da instituição de ensino propor para o conselho a inserção do teatro como necessidade para a formação dos alunos.
Quando se coloca o teatro como peça fundamental dentro da formação educacional dos alunos é possível mobilizar mutirão com o apoio da comunidade construir esta sala, pois é somente isso que necessitamos, uma sala vazia para que os alunos possam nesse espaço construir seu conhecimento de si mesmo e do mundo.
Como pode ser observado o espaço é apenas uma sala que pode até já existir na escola ou que pode se conseguir apoio para se construir e quanto ao profissional para ministrar as aulas, este está querendo uma oportunidade para trabalhar, pois existe muitos professores formados sem local para dar aulas.

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Teatro Musical

Referencia da imagem: Google imagens


O Teatro musical é uma forma de construção de espetáculo teatral na qual se combina música, dança e diálogos falados. As três linhas de expressões artísticas unidas em um mesmo espetáculo, não se torna fácil de conceituar. Entretanto esta justaposição é inspirada em duas outras grandes formas de espetáculo que são a ópera e o cabaré. 
Não se sabe ao certo quando e onde começou a existir este tipo de apresentação, porém temos registros já na Grécia Antiga de peças com canções, e de comédias em Roma que incluíam canções e coreografias dentro da sua apresentação pública.


No link abaixo encontra-se mais informações sobre as origens do Teatro Musical.

sábado, 8 de julho de 2017

Teatro e Escola (Introdução)

Referencia da imagem: Google imagens

Recentemente eu postei aqui no blog alguns questionamentos a cerca desse assunto, que para ser franca, não vejo o motivo para se ter tanta polêmica dentro das instituições de ensino ao inserir o teatro dentro do ambiente escolar.
Na época destaquei quatro questionamentos e nas postagens dos próximos sábados, vou propor ideia de soluções para as problemáticas mais frequentes dentro das escolas.
Eu trabalho em duas escolas e percebi situações que se repetem em ambas e por meio de conversa com outros professores de outras escolas percebi que os obstáculos usados para não se colocar a linguagem teatral dentro da escola são muito parecidos.
Este blog foi pensado como forma de registro, mas também de diálogo com outros educadores ou interessados nestes assuntos, então todo comentário será muito bem aceito e sem dúvida irá enriquecer o conhecimento de todos.
Decidi dividir em duas postagens para que a leitura não fique cansativa e este texto de hoje é uma pequena introdução que serve como pontapé inicial para a minha reflexão sobre os questionamentos que menciono não compreender referente ao teatro ser trabalhado dentro da escola.

quarta-feira, 28 de junho de 2017

A FAMOSA SEMANA DE 22


Desde as aulas da educação básica, vamos observando o quão importante para a história da arte brasileira foi à semana de arte moderna ocorrida em 1922, pois ela tornou-se o marco do modernismo no Brasil, partindo do desejo de artistas da época de ruptura com o academicismo de arte vigente que se restringia em exaltar o Império e o nacionalismo.

A arte Moderna nasce da necessidade de ruptura com a arte Acadêmica, ou seja, o academicismo, e tem como proposta expressar a dinâmica da vida moderna, com ênfase especial na sensibilidade e na emoção do artista. (Da Arte Moderna a Contemporânea, 2014, p. 16).

A necessidade de tratar de novas temáticas e expressar emoções internas do artista tendo em vista a vida da sociedade reuniram-se diversos artistas de literatura, pintura e escultura que tinham o intuito era de libertar-se das regras e padrões europeus anteriores e descobrir uma arte brasileira, na qual houvesse correspondência com o espectador, por se encontrar dentro da obra.

REFERÊNCIA


SOUZA, Joana José Hina Machado. Da Arte Moderna a Contemporânea. Maringá - PR, 2014.


Obs. Este post trata-se de um tracho de um trabalho meu realizado durante meu curso de especialização.

sábado, 24 de junho de 2017

Musical criativo

Referencia da imagem: Google imagens

Primeiramente, o professor(a) tem que se libertar de seus preconceitos com relação as produções musicais e deixar um pouco de lado as suas próprias preferências por estilos e/ou gêneros, pois para produzir este jogo que poderá ser aprofundado e lapidado ao ponto de poder ser apresentado ao público.

Descrição:

  1. Deve ser pedido que cada aluno revele sua música mais querida e depois o professor(a) junto com a turma vai selecionar algumas delas, e essas mais votadas vão ser a base para o musical;
  2. Criar paródias das letras das músicas contando uma história;
  3. Baixar somente o instrumental das músicas;
  4. Dividir as personagens entre os alunos e estes vão decorar sua parte da canção;
  5. Cada aluno vai contar/cantar sua parte interpretando a história que foi criada.



Obs. Eu aconselho realizar este jogo usando uma sequência de aulas para que os alunos possam construir tudo junto com o professor(a) e também com alunos do 6º ano em diante, pois estes já dominam melhor as habilidades de leitura e escrita.

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Um ano

Confesso que não me lembrava que este blog já existia a um ano.
Tudo começou a partir do desejo que já tinha a um tempo, de compartilhar minhas experiências dentro de sala de aula e de estudos ou pensamentos sobre teatro.
Eu planejava postar com muita regularidade, mas não foi possível, e a ideia de registrar tudo o que experienciava em meu trabalho, como em um diário real, também não foi possível.
Busquei colocar aqui coisas boas, ideias legais e desabafos construtivos, para que quem leia possa se identificar e compreender que certas situações são abusos e que não devemos nos submeter.
Olhando para este ano de blog, eu digo: Não foi do jeito que sonhava, mas me sinto feliz por cada postagem que compartilhei, e quero continuar tecendo este caminho de escrever/compartilhar algumas de minhas experiências com muita humildade e compromisso com a minha arte que é a minha profissão.

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Da letra para a cena

Nós, professores estamos em constante busca de metodologias que gere maior interesse em nossos alunos.
Para a minha próxima aventura com meus alunos, pedi que eles escrevessem uma letra de música de que eles gostassem, não importando o estilo, para deixá-los bem seguros para me mostrar o que eles andam escutando no momento.
Assim aconteceu e a imagem a baixo é um dos trabalhos que me foi entregue.
Uma tarefa simples, mas ao ver todos os detalhes que minha aluna fez no papel, me fez ter a certeza de que a tarefa não foi pesada e sim prazerosa.

FONTE: Acervo Pessoal

Agora preciso explicar a forma com que trabalhei esta tarefa para justificar a etiqueta "Jogo".

A partir da letra da música, pedi que se organizassem em trios, e estes deveriam ler a música e perceber a história que poderia estar escondida nela.
Eles sentiram um pouco de dificuldade no início, mas na medida em que eu fui visitando os grupos e questionando eles a respeito do que imaginavam quando ouviam aquela música ou quando liam sua letra. Tudo foi ficando mais claro e logo surgiram ideias maravilhosas de amigas se arrumando para ir a uma festa, ou alguém indo se consultar por estar sentindo o coração disparar e o médico diagnosticando como paixão.
É importante estimular de diferentes formas os alunos para que estes criem, sem medo e possam imaginar as cenas e experimentá-las de forma leve e descontraída, para que as aulas de teatro nunca sejam um fardo e sim um momento de encontro, de si mesmo e com o outro, gerando uma aprendizagem significativa.

domingo, 14 de maio de 2017

Consumir arte?

Eu acredito que seja importante para nós, professores e artistas, mesmo tendo uma vida corrida e cheia de compromissos, se programar ver o que se produz em arte.
É imprescindível para um profissional buscar seu aperfeiçoamento e para nós artistas este aperfeiçoamento está relacionando em saber olhar as produções artísticas, pois ser espectador desperta mecanismos internos que nos levam à uma reflexão crítica da obra que se observa.
Este exercício de olhar e refletir sobre o que se vê, é um procedimento crucial para o melhoramento da nossa própria prática artística.

terça-feira, 18 de abril de 2017

Questionamentos de uma Professora de Teatro

Não me arrependo por ter escolhido esta área de conhecimento e este modo de encarar o mundo, pois a arte teatral nos nutri de uma forma única e nos torna pessoas mais conscientes da nossa realidade.
Entendo que conhecimento é liberdade e o teatro gera asas que nos permite voos além do horizonte e acredito que por isso é tão temido.
O ser crítico é um risco para governos corruptos que massacra a educação como um todo e trava uma guerra contra as artes e principalmente contra a arte teatral, pois esta liberta o indivíduo da ignorância e estimula a análise do que se vê e do que se vive durante o processo.
As escolas afirmam não estar prontas para a inserção desta disciplina, mas pelo andar das coisas ela nunca estará pronta.
As questões que rodam minha cabeça são:
O que precisa para a escola estar pronta?
O que falta para se entender a necessidade de pensar a vida por meio do teatro?
Quais as dificuldades reais para a implementação do teatro nas escolas?
Por que existe tantas dificuldades para se ensinar e vivenciar teatro?
Essas são só algumas das perguntas que não tenho respostas, pois para mim elas mais parecem desculpas para que a sociedade continue imersa na ignorância de seus direitos de cidadãos.

segunda-feira, 27 de março de 2017

Dia do Teatro

Hoje é um dia mais que especial em minha vida, pois eu me formei na faculdade de teatro no dia do teatro.
Minha história está entrelaçada a arte teatral e com muito orgulho quero fazer este post diferente, trazendo um texto belíssimo escrito pelo meu amado tio Gê.


Conselhos Para um Ator
Quando perguntarem a você sua profissão, responda simplesmente que é a de ator. E quando perguntarem a você o que é que faz um ator, seja humilde e responda que o ator pode fazer tudo aquilo que está dentro das limitações humanas, mas frise que, entre tantas coisas, ele também sabe representar. E quando perguntarem a você o que é a arte de representar, diga com convicção que ela se parece e se confunde com a arte de viver. E quando lhe perguntarem sobre o teatro, responda com sinceridade que ele abriga os sonhos mais bonitos e infindáveis que o ser humano possa sonhar, mas não se esqueça de dizer que ele abriga também todas as fraquezas humanas, através da prepotência de homens que se fazem atores e de atores que se fazem personagens / homens. E quando lhe perguntarem sobre o estrelato, responda que é muito bom o sucesso, mas que ele pode não ser o tudo para o ator que também é humano e, por isso, carente de múltiplas necessidades que aquelas de luzes e aplausos. E quando lhe perguntarem sobre a função do teatro, diga apenas que ele serve ao ator e este deve servir a humanidade, levando à ela não apenas o riso e o choro, mas também o discernimento da realidade de cada povo, oferecendo esperanças, apontando soluções e colocando em prática fora do teatro, aquilo que se articula ou que se acredita dentro dele. E quando, finalmente, exigirem de você a definição de ator, diga que ele planta no palco sementes de trabalho e sensibilidade, para que a platéia colha os frutos diversificados da emoção; que ele se dá a todo instante sem medir a conseqüência dessa doação; que ele se faz flor do campo, efêmera por instantes, assistida por rochas duras e eternas. E quando lhe perguntarem se vale a pena ser ator, não dê sua própria resposta e permita-se à opiniões de outros atores mais sábios como este que disse: “ Se você está começando a carreira, diga que o primeiro ato está sendo bom, mas que espera uma melhora nos próximos.” Neste caso , não deixe de lutar por essa melhora. No entanto, se você já estiver encerrando carreira, diga que a representação está sendo boa, mas que você espera, no epílogo dessa representação, poder voltar a representar tudo novamente, acrescido daquilo que a vida lhe ensinou. E quando você estiver à beira da morte e alguém comentar sobre seu passado e elogiar seu talento, sinta-se (ou coloque-se quando o sentir for difícil) como espectador e procure observar aqueles atores que prosseguem em seus espetáculos; alguns com progressos visíveis, outros vestidos do orgulho que os distancia dos homens comuns e da vaidade que os faz crerem eternamente brilhantes, como as estrelas - essas mesmas, que agora se apagam para você na terra, mas que permanecem acesas no céu!
Getulio Grigoletto – 1981

quarta-feira, 15 de março de 2017

Revisitar sempre

Eu acredito que revisitar textos, peças e anotações que fizemos enquanto estudávamos é válido para deixar sempre aceso em nossa memória as observações de maior relevância.
Devemos buscar fazer este exercício de olhar para o que analisamos no passado não só para lembrar, mas para criar novas conexões de entendimento e tecer mais algumas linhas em nossa teia de conhecimentos.
Sei que a vida de todos é muito corrida e que para fazer este resgate precisamos ter tempo, mas sempre foi uma experiência positiva para mim olhar para os conteúdos que já estudei.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Teatro no ambiente escolar

Nós, profissionais da educação que trabalhamos a linguagem teatral, temos que estar atentos na forma de abordagem que faremos junto à coordenação pedagógica de uma instituição de ensino regular, pois ter um projeto bem pensado, que somará no processo de ensino aprendizagem dos alunos é de suma importância, para que o Teatro venha a ser incluído dentro do programa da escola.
Para conseguir criar um projeto atraente, é preciso primeiro pensar o que pretendemos alcançar e em seguida pesquisar estratégias, jogos, definir o público alvo, etc.
Ter uma justificativa coerente e um projeto com objetivos claros contendo metodologias certas e possíveis, é o que torna um projeto atraente para o âmbito escolar.
Coloco aqui apenas um ponto de partida para criar um projeto e mostrar a necessidade de ter um projeto para entrarmos na escola com papel definido.
O site abaixo é para ser uma inspiração para a criação de nossos projetos de teatro para a escola, e eu escolhi este, dentre muitos modelos disponíveis na internet, por ele ser simples e assim abrir um leque de possibilidades.

http://www.portal.santos.sp.gov.br/seduc/page.php?279 

sábado, 11 de fevereiro de 2017

Leitura Dramática

Para exercitar a Leitura Dramática, é importante mostrar o quão importante é ler um texto com nuances, ou seja, com entonações diferenciadas para dar cor e brilho aos que escutam.
Quando trata-se de um texto teatral, isso é de suma importância, pois as intenções nas falas caracterizam o psicológico da personagem.
Trago aqui um jogo super fácil e prazeroso que pode ser feito para qualquer faixa etária. 

Descrição:

O professor/facilitador deve cumprimentar cada aluno/participante usando uma tonalidade diferente e pode pedir que a resposta seja imitando o tom, ou sempre em tom diferente.
Este jogo serve para desenvolver a percepção na forma com que falamos as coisas.

Ex: 
Professora: Bom dia Ana. (Tom de alegria)
Ana: Bom dia professora. (Tom de alegria)
ou
Professora: Bom dia Ana. (Tom de medo)
Ana: Bom dia professora. (Tom envergonhado)

Obs. Este procedimento deve acontecer com todos os alunos/participantes da sala.